Meu destino ou meu desatino?

Esse gosto parece pérola
Uma mistura infinita
Coisa de nuvem
Infância
Discos na vitrola
Não consigo explicar
Chegaste aqui e eu só sei sorrir
Mesmo quando choro
Insisto que é o destino
Abro as janelas e me desapego
Me entrego
Segura o meu coração esta noite e as outras tantas que virão, segura?

De volta...

Uma semana inteira de cama, adoentada, dias lindos lá fora, aqui dentro ficou tudo muito quieto, forçadamente quieto e um tanto cinza...começo a renascer, muito devagar, nunca havia levado tanto tempo para me recuperar...o interessante é que esses momentos nos trazem algumas coisas boas e reflexões pertinentes, um desses insights foi ter me dado conta o quanto ando escrevendo cada vez menos...e isso me incomodou, mas quais seriam as razões para eu estar escrevendo menos do que gostaria...minha vida anda plena? só a dor é fecunda para quem escreve? a poesia está me escorrendo pelos dedos? ish, pode não ser nada disso ou ainda ser um pouco de tudo isso, como costuma ser a vida complexa vida a qual estamos destinandos a atrevessar, o que sei é que tentarei buscar novas inspirações, não deixar passar batido o que de fato não passa, porque quem sente com a alma, quem é tocado pelo caos, digamos assim, não fica inerte, nem quando se fica uma semana inteira deitada em uma cama, sem voz, com febre e dores por todos os lados, ainda assim está tudo ali, passando, vibrando querendo contar ao mundo o que ninguém antes ouviu. É hora de voltar e seguir viagem...já avisto os desafios, mas eles me tornam mais forte e confiante, uma pessoa melhor, renascida das cinzas, voltando a superfície para buscar um pouco do ar que andou me faltando...