Eu quero movimento e não um curso calmo de existência.

Quero excitação e perigo e a oportunidade de sacrificar-me por minhas paixões...

Liev Tolstói

A arte de sorrir!

Hoje passei o dia com saudades de sorrir, melhor, de rir, dar gargalhadas, pois como bem diz aquela canção "a arte de sorrir cada vez que o mundo diz que não"...vivendo um momento quase eternidade, pode-se assim dizer, caótico de tempestades assustadoras ao meu redor, há muito que essa coisa louca, doida não me batia , mas hoje eu queria rir, soltar a risada, cair, rolar, gargalhar em alto e bom som, para entrar em alfa e ver na vida a cor que ela mesma, às vezes, insiste em esconder...

Por que você está tão longe?

Eureka!

Contrarie as probabilidades, essa é a resposta!

Elã...

Me devolva o elã! Eu te imploro, vida minha!! Esse ímpeto, algo mais, a vontade de sorrir, o fervor, o colorido das madrugadas de verão, o sabor do mar, meus dias bucólicos, meu horizonte promissor...traga-me surpresas, encantamento, arrebata-me com o improvável...convida-me para essa dança ou nem olhe mais em meus olhos...

Labirinto do Existir!

Estou tão confusa. As relações ao meu redor estão péssimas, sentimentos estranhos, caras feias, gente emburrada, o que foi dito se torna problema e o que se deixou de dizer também. A vida é tão maior, tão imensa e nós humanos, às vezes, uns bostas. Somos sim tão repletos de maravilhas, de uma subjetividade encantadora, mas conviver é uma tarefa árdua, meu momento é como um labirinto, um enigma, um não estar, fora da ordem, nada está bem! Quero voltar a ser aquela que sempre soube sorrir para a adversidade, que fez festa com o pior dos acontecimentos, por entender que TUDO é aprendizado e o que parece ruim pode ser bom no fim das contas. Estranho este momento, de verdade, fico sem saber o que pensar, o que dizer, porém digo mesmo assim, vou empilhando as palavras jogadas neste espaço na tentativa de resgatar minha outra metade de mim mesma, sacou? Eu fico repetindo como um mantra sagrado: "tudo passa", "isso tudo vai passar", só que não está passando...estou pisando em areia movediça...Não aprecio lamentações, entretanto ultimamente só sei lamentar, o que é isso, me tirem daqui!!Alguém, alguma coisa, save my soul!!

"Tão feio e belo dia eu jamais vi"

Macbeth e as Três Bruxas

No name...

O que eu sinto neste instante não tem nome.

Dói, eu sei...mas não sei descrever nem dar um nome exato...

Fecho os olhos e...

A palavra que me surge imediatamente é Coragem! Paralisada diante do computador, voando em pensamentos que se cristalizam nessa noite fria, um momento, uma canção, lembro das palavras exatas de Clarice e espero profundamente que nada seja em vão...

"Meu Deus, me dê a coragem

Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude. Faça com que eu seja a Tua amante humilde, entrelaçada a Ti em êxtase. Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o amor materno que nutre e embala. Faça com que eu tenha a coragem de Te amar, sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo. Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços meu pecado de pensar.

Clarice Lispector..."

Não me mate dentro de ti...

Break time...

Silêncio, chuva, introspecção, frio, distância...Pausa...É preciso virar a página...

Cerejas...

Cerejas borbulhantes, escandalosamente "deliciantes"

de um magnífico sabor

inexplicável!

mergulham fabulosas no copo

escorregam pecaminosamente na boca

Cerejas...

o desejo em sua mais doce e ardente expressão

Efêmera cereja!

Suculenta polpa da minha mais pura inspiração...

Retorno e ainda é inverno...

Difícil esperar até a Primavera para escrever um novo post, bem complicado mesmo, tamanha é a minha ansiedade e necessidade de verbalizar meus sentimentos ou tentar me expressar, percebo que estou sempre pensando em abandonar algo, sumir, fugir para uma outra cidade, incrível, mas este sentimento de não pertencer a lugar nenhum, tenho a impressão que nasceu comigo, o que anda me faltando é coragem para mover-me fisicamente...sou extremamente insatisfeita com quase tudo...tento, juro que sim, não ser ingrata e procuro valorizar os bons momentos da minha vida! Porém somos donos de nossos barcos, temos que ser, pelo amor dos Deuses, deve tb haver um destino, mas sei que não estamos aqui à deriva...o q anda me faltando, além das asas e da coragem...são novos sonhos e desejos...vou vasculhar meus porões, sei que eles ainda estão lá, embora empoeirados...

Desejando a Primavera...

Eu poderia falar da profunda tristeza que se faz presente em meus últimos dias, mas prefiro me agarrar a um farrapinho de Luz que ainda, embora lá no fundo, se acende em mim...Eu poderia falar da falta que você tem me feito e o fato de não receber sequer uma mensagem sua, isso me dói, mas vou deixar que enfim o tempo me diga quando e se devo voltar a procurar por ti...Eu poderia sorrir agora, mas não consigo, calo-me, então, as lágrimas são inevitáveis...é essa vida que se manifesta estranhamente, loucura, insanidade, Lua cheia, transbordantes sentimentos, tudo está silenciosamente insuportável agora, entretanto fico aqui...Eu poderia me aquecer nesta noite fria, mas prefiro o fogo neste instante confuso, pleno de toda a minha demência e incoerência...Eu poderia dizer adeus, mas meu afastamento será breve, quem sabe na Primavera eu volte ou antes dela...ainda não decidi...pois sei que no fundo é a Primavera que desejo verdadeiramente ao longo do ano...

Só conheço um dever: o de amar!
Albert Camus

Blessed Night!

Romeo And Juliet, 1968 Zeffirelli

Sim, estou clichê, neste início de noite, o filme é lindo, a história é atemporal! Como sonhei na adolescência em um dia interpretar uma Julieta ou outro personagem de Shakespeare...ah, com sotaque britânico, é lógico!! Eis que minha vida rumou-se para outras bandas bem distantes de Verona, mas e o Amor...ah, o Amor...nele eu ainda acredito!

Desabafo II

Todos os meus pensamentos transformadores e utópicos em relação à Educação quase foram tragados por uma experiência deveras desafiadora, porém volto ao ponto inicial, avisto novamente o horizonte onde repousam meus ideais. Sei que não conseguirei fugir ou escapar daquilo que sempre fez sentido em minha vida. A Educação está em crise e isso, por acaso, é uma novidade? Os educadores estão em crise, o ser humano está em crise, diga-se de passagem, desde sempre.Enquanto não encararmos toda nossa complexidade de frente e nos propormos a realizar mudanças profundas, as formações de professores, não passarão, de fato, de um acúmulo de certificados engavetados. Confesso aqui, que diante do desafio que me foi colocado nos últimos meses, infelizmente fui derrotada por um momento de fragilidade em que me encontrava, não venci, não cheguei ao fim, mas isso não me impede de refletir, pode até ser que tenha me faltado força para lutar por aquilo que acredito, pode ser...não nego! Não encontrei espaço para o diálogo, também não o busquei, há quase um ano formada, vivenciei minha experiência mais dura e me permito dizer que não a venci, mas seria a educação uma batalha?? Onde haverão perdedores e vencedores??Não acredito nisso. Assumo meus prováveis erros, entretanto eles não me impedirão de sonhar com um mundo melhor, na minha opinião, somente a quebra total de paradigmas ultrapassados nos trará novas possibilidades e caminhos...espero que na minha próxima experiência, possa eu estar forte e consiga falar abertamente tudo isso que trago em meu coração!