sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Enough!

Acaba novembro de uma vez...(que belo disfarce usaste, hein?)

Acaba 2008 de uma vez!
Chega!
Cansada demais estou!
Farta e mandando tudo pro raio
que o parta!


Sou um mosaico
Uma colcha de retalhos
Cheia de contradições, das quais, não abro mão
Incoerente!
Muitas vezes transparente
Retomo meu silêncio
Agora...
Falo o que sinto
E sinto o que não posso falar!



quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Fragmentos de Um Discurso Amoroso

Fragmentos...

“...encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um: você... a especialidade do meu desejo. [...] foram precisos muitos acasos, muitas coincidências surpreendentes (e talvez muitas procuras) para que eu encontrasse você, que entre mil, convém ao meu desejo. [...] por que desejo você? por que o desejo por tanto tempo...? [...] espero uma chegada, uma volta, um sinal... pode ser fútil ou imensamente patético. [...] uma mulher espera seu amante, de noite, na floresta; quanto a mim, só espero um telefonema, mas é a mesma angústia. Tudo é solene, não tenho noção das proporções. [...] do sabor de uma ou outra contingência, me deixo levar pelo medo de um perigo, de uma mágoa, de um abandono, de uma reviravolta... [...] na tua ausência, sou, tristemente, uma imagem descolada, que seca, amarelece, encarquilha... [...] uma mutilada que continua a sentir dor na perna amputada... [...] pouco a pouco sufoco, meu ar se rarefaz... [...] ciúmes, angústias, posses, discursos, apetites, signos, o desejo amoroso queima por todo lado. [...] e nada mais doloroso do que uma voz amada e cansada: voz extenuada, rarefeita, exangue, poder-se-ia dizer, voz do fim do mundo, que vai ser tragada muito longe pelas águas frias: ela está no ponto de desaparecer, como o ser amado está no ponto de morrer: o cansaço é o próprio infinito: o que não acaba de acabar. Essa voz breve, curta, quase sem graça pela raridade, esse quase nada da voz amada e distante torna-se em mim uma rolha monstruosa, como se um cirurgião me enfiasse um tampão bem grosso de algodão na cabeça. [...] pois desde que te vejo, por um instante, não me é mais possível articular uma palavra: mas minha língua se quebra e um fogo sutil desliza de repente sob a minha pele: meus olhos não têm olhar, meus ouvidos zumbem, o suor escorre pelo meu corpo, um arrepio toma conta de mim; fico mais verde do que o capim, e por pouco me sinto morrer. [...] quero constantemente arrancar de você a fórmula do seu sentimento, e de minha parte digo constantemente que o amo: nada fica para ser sugerido, adivinhado: para que se saiba uma coisa é preciso que ela seja dita; mas também, desde que ela é dita, ela é provisoriamente verdadeira...”

"Milhões de corpos a passar, todos eles andam... milhares me contemplam por um segundo... alguns podem até me cobiçar... Mas seus olhos me contemplam com fome, sede, e toda uma certa falta de ternura. Engraçado é o tempo, labirintos e desertos, nunca sabemos para onde viajar... Mas e o sentimento que não está ausente? Nunca saberemos distinguir, sentimentos são tão efêmeros...impossiveis de quantificar. Não se deixe abandonar, acostumados estamos a nos ferir, mas que será de nós se nunca mais tentarmos? Engraçado é esse ardor, mas deixe queimar e se entregue ao desejo; se Roma queimou, quem há de nos recriminar? Esqueça todas as dores... Infermos a se arrastar, prantos e sussurrar, dessas coisas não precisamos, deixemo-as todas pelos cantos... sem nunca nos importar. Agora apenas se abandone comigo, esqueça as distinções... verdades... nada há de importar... conceitos vão ser perder, palavras não iremos precisar..."

Roland Barthes

Reformulando as sacações...


O dia de ontem melhorou de forma significativa ao longo das horas, as coisas vão se ajeitando, acredito mesmo, no fundo, lá no fundinho. Pois bem, na verdade, detesto ficar me lamentando, mas alguns dias são desafiadores...fiquei pensando que no mês em que eu disse que estaria fora, foi o que mais escrevi por aqui, talvez eu estivesse fora de outra forma, não física, mas pensei que iria viajar de forma física, porém as mudanças, em pouco tempo foram bruscas, até mesmo asssustadoras, de qualquer forma sigo numa boa também, aguardando...talvez a viagem só saia lá por meados de janeiro...por ora, estou aqui, não "fora" mais...



Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Você e eu, podemos ser o que determina a guerra, e depois, se estivermos interessados em sustá-la, começar a transformação de nos mesmos, que somos os causadores da guerra!

Krishnamurti

Guerra e Paz

Estou cansada de entender tudo e todos o tempo todo, pelo menos hoje estou me sentindo assim...Eu quero minha paz, meu silêncio, minha loucura!Decepcionada com algumas pessoas, mas adianta?? São elas, não eu, fazer o quê? Portanto, aqui dentro de mim, sei que as coisas são diferentes, tento ter consciência do quanto ainda preciso andar, continuo desapontada e não estou em bons dias, o céu lá fora chega doer de tão azul, aqui tudo mais cinza, há certa beleza também nessa cor que marca esses últimos dias, mas eu queria sorrir de novo, sei que posso, cansei de tanta coisa, perdi o fôlego, me enganei...de qualquer forma é só mais um desabafo sem pé, nem cabeça...onde está minha porção fênix...ish...deixe-me procurar, deixe-me encontrar, enfim...renascer...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Grito - Eduard Munch




Revolto-me, logo existo.


Albert Camus

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Os olhos da Bette

Força


O Mago deverá triunfar pelo espírito sobre a parte animal que ainda permanece nele...

domingo, 23 de novembro de 2008

Blanca

Brancas cores
Cores brancas
De preto entardecer
Fora de mim
Dentro de uma idéia
Delirante
Fusão do eu do meu do que eu não quero deixar de querer
Silencioso instante
Vista pro mar
Caminho em espinhos
Não ouço tua voz
Brancas cores
Do nada
Triste
Um dia absurdo
Para alguém
Como eu
Perseguida por verdades

Alucinada por mentiras tão verdadeiras!


"As únicas pessoas que me agradam são as que estão loucas: loucas por viver, loucas por falar, loucas por salvarem-se"
( Kerouac , Jack )

Castelã da Tristeza

Altiva e couraçada de desdém,
Vivo sozinha em meu castelo: a Dor!
Passa por ele a luz de todo o amor ...
E nunca em meu castelo entrou alguém!
Castelã da Tristeza, vês? ...
A quem? ...
E o meu olhar é interrogador
Perscruto, ao longe, as sombras do sol-pôr ...
Chora o silêncio ... nada ... ninguém vem ...
Castelã da Tristeza, porque choras lendo, toda de branco, um livro de horas,
À sombra rendilhada dos vitrais?
À noite, debruçada, plas ameias,
Porque rezas baixinho?
Porque anseias?
Que sonho afagam tuas mãos reais?



Florbela Espanca em "Livro de Mágoas"

sábado, 22 de novembro de 2008

I got life





Uma das cenas mais maravilhosas do cinema, em minha opinião, de um dos meus musicais favoritos: Hair! É meu lado hippie...coração hippie em tempo Punk!

Eu tenho Vida

Eu tenho vida, mãe
Eu tenho risos, irmã
Eu tenho liberdade, irmão
Eu tenho bons momentos, cara
Eu tenho maneiras estranhas, filha
Eu tenho um milhão em charme, primo
Eu tenho dores de cabeça e de dente
e momentos ruins também
Como você
Eu tenho meu cabelo
Eu tenho minha cabeça
Eu tenho meu cérebro
Eu tenho minhas orelhas
Eu tenho meus olhos
Eu tenho meu nariz
Eu tenho minha boca
Eu tenho meus dentes
Eu tenho minha língua
Eu tenho meu queixo
Eu tenho meu pescoço
Eu tenho meu peito
Eu tenho meu coração
Eu tenho minha alma
Eu tenho minhas costas
Eu tenho minha bunda
Eu tenho meus braços
Eu tenho minhas mãos
Eu tenho meus dedos
Eu tenho minhas pernas
Eu tenho meus pés
Eu tenho meus dedos do pé
Eu tenho meu fígado
Tenho meu sangue
Eu tenho minhas tripas
Tenho meus músculos
Eu tenho Vida
Vida
Vida
VIDA!!

Pessoa na Janela...




Polissemia

Por isso, se me falam "dando", pode ser dando zebra, dando de ombros, as costas, mancada, a volta por cima, mole, a bunda, certo, na vista, bandeira, show, o braço a torcer, no couro, dando tudo, dando certo, errado, pro gasto, adoidado, a mínima, conta do recado...
Michel Melamed

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Est-ce que tout est donc une illusion?







Janela da Alma, 2002
Diretores: João Jardim e Walter Carvalho


Então será tudo uma ilusão?

Eu havia saído, mas não demorei.. porém já estou de saída novamente...continuo fora do ar...não acredite em tudo o que você vê!!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

...



Agora sim, vou dar uma volta...
Mas não demoro, será?




Wild Horses







Cavalos selvagens,
Não podem me arrastar para longe,
Cavalos selvagens, selvagens,
Não podem me arrastar para longe...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Pride and Prejudice

Um brinde ao Amor...


Do lado de dentro
Tão fora
De tudo
Estrela sonhada
Na palma da mão
Que chora
E ri...
Fazendo de mim uma sonhadora
Apaixonada!
Flechada por Eros
Querendo contigo estar
Para o Amor brindar

terça-feira, 18 de novembro de 2008


Em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos.

Saint-Exupéry

Moptop

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Maluquice!


Gritos silenciosos!


Beladona

Alfazema


Psicodelismo

Loucura



Maluquice?



Maluquice, é te querer...

Contornos...


Sentada na varanda da alma...
Esperando por notícias boas...
Querendo surpresas com cheiro de incenso...
Já guardei o passado nas gavetas do esquecimento...
Apaguei mágoas...
Agora desenho contornos de um sorriso com tons diversos...Divinos!
Pés descalços...
E flores decorando o interior...

To Heaven...

Conte-me...


Conte-me o que ninguém mais vai ouvir
Deixe que os risos se espalhem
Você sabe como me sinto?
Você quer saber como me sinto
?
Três monges observavam uma bandeira balançando ao vento.
Um dos monges chama atenção para o modo como a bandeira se move.
O segundo monge responde que não é a bandeira, e sim o vento que se move.
O terceiro contradiz os dois. Ele afirma que nem a bandeira nem o vento se movem...“É a sua mente que se move”.

domingo, 16 de novembro de 2008




A verdadeira beleza é tão particular, tão nova, que não se reconhece como beleza.



Marcel Proust

sábado, 15 de novembro de 2008

Maybe...





Ele me faz tão bem, mesmo sem saber...
Iluminou os cantos sombrios da minha alma...
Seu coração é indomável!
Mas o meu poderia ser dele...
Vou seguindo, será destino? Não sei...
Quem sabe...talvez...

Para minha alma cigana...


Te Tengo Miedo
Adriana Mezzadri

Cuando me hablaste de amor y
te hice callar, ardiendo por dentro
Te perdí como al viento que sopla y se va, sin avisar
Sólo me queda un retrato en algún rincón de mi habitación
Un tanto escondido, junto a un libro antiguo
Casi en el olvido, pero aun conmigo
Y al sentirte cerca me tiemblan las manos
Es que tengo miedo de ese amor gitano
Y al sentirte cerca me tiemblan las manos
Yo te tengo miedo, yo te tengo miedo
Cuando pensaba apartarme de ti
Sin querer, me ataba a tu vida
Hoy te pido que nunca me digas adiós
Que no te despidasNoche todavía
Una luz divina en tus ojos brilla
Y amanece el día
Y al verte me tiemblan las manos
Es que tengo miedo de ese amor gitano
Y al sentirte cerca me tiemblan las manos
Yo te tengo miedo

sexta-feira, 14 de novembro de 2008




Louca é a solidão coletiva!

Revelações...

Por favor, não me analise...
Não fique procurando cada ponto fraco meu...
Se ninguém resiste a uma análise profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente, toda cheia de marcas que a vida deixou...
Veja em cada exigência um grito de carência, um pedido de amor!
Amor, amor é síntese, uma integração de dados: não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias, (ninguém abraça um pedaço), me envolva toda em seus braços
E eu serei perfeita, amor!

Mirthes Mathias, do livro "Bom dia amor!", 1990.

Kiss of Life...




O vídeo da música que comentei na postagem anterior!

Mergulhando na energia do Amor...


Meu coração está se abrindo aos poucos, depois de um longo período de paisagens desérticas, as coisas começam a ganhar certa leveza e aos poucos vou me deixando conduzir por essa energia...a vida e seus ciclos...a vida e seus mistérios, encantos, tragédias e comédias...A vida em todo seu esplendor, sombrio, luminoso e assustador...


Convido, então, Sade para nos falar de Amor...Por ora apenas a letra da canção...


Kiss of Life...


there must have been an angel by my side
something heavenly led me to you
look at the sky
it's the colour of love
there must have been an angel by my side
something heavenly came down from above
he led me to you
he led me to you
he built a bridge to your heart
all the way
how many tons of love inside
i can't say
when i was led to you
i knew you were the one for me
i swear the whole world could feel my heartbeat
when i lay eyes on you
ay ay ay
you wrapped me up in
the colour of love
you gave me the kiss of life
kiss of life
you gave me the kiss that's like
the kiss of life
wasn't it clear from the start
look the sky is full of love
yeah the sky is full of love
he built a bridge to your heart
all the way
how many tons of love inside
i can't say
you gave me the kiss of life
kiss of life
you gave me the kiss that's like
the kiss of life
you gave me the kiss of life
kiss of life
you gave me the kiss that's like
the kiss of life
you gave me the kiss of life
kiss of life
you gave me the kiss that's like
the kiss of life
you wrapped me up in the colour of love
must have been an angel came down from above
giving me love yeah
giving me love yeah
you gave me the kiss of life
kiss of life
you gave me the kiss of life
kiss of life



Lady Bugs...

Encante-se!
Quando menos se espera muitas delas surgem...assim como nos dizia a personagem do maravilhoso, "Sob o Sol da Toscana".

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Os aromas do amor...


Adoro o texto abaixo, estava guardado há muito tempo em meus cadernos de poemas, já com as folhas amarelados de tão velhos...mas hoje é noite de lua cheia e posso mergulhar por completa nos aromas do amor...


"Toco a sua boca com um dedo, toco o contorno da sua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se, pela primeira vez, a sua boca entreabrisse, e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que minha mão escolheu e desenha no seu rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade, eleita por mim para desenhá-la com minha mão em seu rosto, e que, por um acaso, que não procuro compreender, coincide exatamente com a sua boca, que sorri debaixo daquela que minha mão desenha em você. Você me olha, de perto me olha, cada vez mais de perto, e então brincamos de ciclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e nossos olhos se tornam maiores, se aproximam uns dos outros, sobrepõe-se, e os ciclopes se olham, respirando confundidos, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem, com um perfume antigo e um grande silêncio. Então as minhas mãos procuram afogar-se no seu cabelo, acariciar lentamente a profundidade do seu cabelo, enquanto nos beijamos como se estivéssemos com a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de fragrância obscura. E se nos mordemos, a dor é doce; e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta madura, e eu sinto você tremular contra mim, como uma lua na água."


Julio Cortázar

Cura-me...


Cura meu corpo...
Liberta minha alma...
A paixão arde...
Desvenda os mistérios...
Os desejos são sagrados ...
Sinto-me confusa...
Mas sei que tua essência é poesia...
Morre, vive e renasce comigo...
Sonha anjo meu e cura-me com teu precioso amor...

Lua Cheia...

Pierrot Bêbado

Nas ruas da feira,
Da feira deserta,
Só a lua cheia
Branqueia e clareia
As ruas da feira
Na noite entreaberta.
Só a lua alva

Branqueia e clareia
A paisagem calva
De abandono e alva
Alegria alheia.
Bêbada branqueia

Como pela areia
Nas ruas da feira,
Da feira deserta,
Na noite já cheia
De sombra entreaberta.
A lua branqueia

Nas ruas da feira
Deserta e incerta...

Fernando Pessoa

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A gente sempre destrói aquilo que mais ama. Em campo aberto ou em uma emboscada. Alguns com a leveza do carinho, outros com a dureza da palavra. Os covardes destroem com um beijo, os valentes com uma espada.

Oscar Wilde

Quando um certo alguém...


Hoje estou com uma saudade inexplicável de um certo alguém...Não fomos o que sonhávamos um dia, o tempo passou, cada um está vivendo suas histórias, mas de repente, me peguei pensando em tudo o que foi dito, nas tantas promessas...Ele e sua doçura, seu jeito tão especial, penso que ninguém mais foi tão querido comigo e me tratou tão bem e me quis tão bem...pena, que fui imatura, pena que as coisas mudaram, em pouco tempo, e não foram para melhor...Até os "nossos" e-mails eu li hoje...não sei o que se passou dentro de mim, mas senti falta da pureza daquele amor...será que ele está pensando em mim também, será mesmo que as coisas são assim, mágicas? Que os ventos soprem e levem minha saudade e que por um fração de segundos tu lembres que alguém te amou verdadeiramente!!!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

domingo, 9 de novembro de 2008

Que nada me impeça de sentir a beleza da Vida!

My Blueberry Nights (2007)

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca. Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe, seja linda ainda que tristeza. (...) Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço. E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada. Porque metade de mim é o que penso e a outra metade um vulcão. (...) Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância. Porque metade de mim é a lembrança do que fui e a outra metade não sei. Que não seja preciso mais que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito. E que o teu silêncio me fale cada vez mais. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço. (...) E que a minha loucura seja perdoada... Porque metade de mim é amor e a outra metade também!


Oswaldo Montenegro





sábado, 8 de novembro de 2008

Gérbera


Eis que adormeço com olhos abertos
E caio em um delírio distante
Calou tua voz...assustada estou
Imagens atravessam o tempo
Em minha mente tudo cegou
Só poeira...uma gérbera e teu amor!

Como não podemos mover uma palha sem perturbar uma estrela, transformar-se a si mesmo não é poesia, é física. Transformar-se é transformar o mundo porque nada está separado.


Pierre Weil em Terapeutas do Deserto, Jean-Yves Leloup e Leornado Boff, Editora Vozes, Petrópolis, 2002

Lembranças dos 80's...


Ontem escutei uma música que fez parte da minha infância, com tão pouca idade, lá pelos seis anos, eu a escutava e chorava...On my Own da cantora Nikka Costa, que tinha apenas sete anos quando cantava a música...e como são os acasos, a letra reflete o que hoje aos 32 anos tenho sentido em muitos aspectos...Na minha opinião, uma adoradora das crianças, ser adulto é um saco, quase sempre! Claro que existem coisas boas da adultez, mas continuamos errando muito (que bom!), porque é essa coisa toda do nosso inacabamento, esse dinamismo que é a vida, essa roda viva desenfreada e vamos aprendendo e caindo muitas vezes, pisando na bola, acertando também...deu uma saudade de ser criança...dos 80's...é algumas vezes me pergunto tanto sobre tudo...e eu queria ter uma banda, queria ser cantora naquela época, não sei cantar, mas mesmo assim eu canto e choro muito ainda...

Sozinha - Nikka Costa (tradução de On my Own)

Às vezes eu me pergunto onde eu estou
Quem eu sou, se eu me enquadro
Fingir é difícil em si
Aqui estou sozinha
Nós sempre estamos provando quem nós somos
Sempre buscando as estrelas do alvorecer
Para guiar longe e clarear minha casa
Aqui estou sozinha!

Quando eu estou derrubada e me sentindo deprimida
Eu fecho os olhos e assim posso estar com você
Oh Baby seja forte para mim

Baby pertença a mim
Me ajude completamente, me ajude a precisar de você
Até o sol da manhã aparecer
Fazendo luz de todos os meus medos
Eu seco as lágrimas que eu nunca mostrei
Aqui estou sozinha!

Quando eu estou derrubada e me sentindo deprimida
Eu fecho os olhos e assim posso estar com você
Oh Baby seja forte para mim!
Baby pertença a mim!
Me ajude completamente, me ajude a precisar de você
Às vezes eu me pergunto onde eu estou
Quem eu sou, se eu me enquadro
Eu posso não vencer mas não posso ser derrubada
Aqui estou sózinha, sozinha!

A Paz em você

La Paix em toi;
May Peace be in you;
Shalom Alechen;
Salam Alecum;
OM Shanti;
A Paz em Você;
La Paz en Usted;
La Pace em ti;
Der Frieden in Dich!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Uma mescla de coisas absurdas e lindas!


Um feixe de luz ilumina a alma
Libélulas desenham caminhos profundos
Quero cantar para acordar-te!
Vamos, levante-se!
Um belo filme foi escrito
Que história magnífica!
O que conta é a loucura
Quem quer viver na razão por muito tempo?
Não quero mais me importar
Afinal posso dizer coisas tão absurdas e nem notar
Posso enfim fazer tantas outras coisas e acreditar
Em um lindo amanhecer
Que nascerá em tons fortes de cores vibrantes
Para celebrar o que nem ao menos quero entender...


quinta-feira, 6 de novembro de 2008


Precipício...


Cacos, estilhaços...
E no compasso das horas mortas...
A vida me traduz seu melhor canto...
Espanto!
O precipício e essa forte tendência ...
A lançar-me...
Tão desesperadamente em tudo...
Esborrachada, mas imensamente eu por todos os lados!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

For you...


Some words of my favorite poet for you...


Voglio, avrò se non qui,
In un altro luogo che ancora non so
Non ho perso niente
Tutto sarò...


Fernando Pessoa

Eu prefiro...


A travessia, o caminho, o andar...e assim vou encarando o melhor e o pior que possa surgir, seguindo meus passos, reconhecendo que sou para mim mesma um mistério tão profundo que o melhor é deixar as janelas e olhos abertos...agora é hora de cair na estrada, sacudir a poeira, voltar ao mar, pescar novas idéias e sorrir junto de quem amo verdadeiramente...no fim das contas, Raul sempre me salva com suas letras brilhantes...assim como ele eu também prefiro a metamorfose...



"Quero dizer agora o oposto do que eu disse antes .Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante. Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..."



Raul Seixas...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Saudade...


Sonhei com o Júnior na noite passada, amigo que conheci lá no Pinhal...ficamos tão próximos e por tão pouco nos afastamos (coisas da vida). O sonho foi basicamente a reprodução de uma cena ilária protagonizada por ele...Acordei com vontade de saber como ele está, o que está fazendo, se ainda, lembra de mim, da nossa amizade maluca...eu sempre o vi como um guri muito sensível, embora ele não soubesse lidar com toda sua sensibilidade, ele sempre foi muito amoroso e alto astral, alto mesmo, como gritava, meus deuses!! Mas havia certa tristeza em seu olhar...Estou com saudades do moço Laercio...quantas cenas fantásticas, desde descer do carro com ele ainda andando (sim, vimos isso acontecer) até fazer mosh em um murinho minúsculo de um bar lá na praia e suas frases...entre elas:

"Não faço amor, eu compro pronto..."


E tinha a camiseta do Metallica, a voz rouca, a imitação do Beavis e Butthead...mande sinais, caro amigo...estou aqui!


Novembro


Um aroma de esperança hoje! As árvores tão floridas durante minha caminhada matinal e minha melhor companhia...Fiquei tão inspirada e soprava um vento tão delicioso...Tenho pensando tanto nessa coisa todo que é SENTIR, ah, que contradição fantástica, pois se fico pensando em sentir, provavelmente neste exato momento já não sinta mais...tudo bem...Um doce aroma cheio de esperança tocou meu coração hoje...e refleti que preciso mudar em muitos aspectos, mas sei que farei esses ajustes aos poucos, de uma forma lenta...sem muita pressa, chega o mundo com sua pressa infernal, assim os aprendizados serão mais valiosos...caindo, levantando, caindo de novo...sinto-me sempre muito bem no mês de novembro, gosto dessa sensação de que logo mais o ano termina e um novo começa, assim vai surgindo essa vontade de começar do zero, de arrumar o que se desarrumou...sinto um bom perfume ao longo desse dia que me causou boas impressões... os meus sentidos estão aguçados...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Para sempre Saint Louis...


Vivendo a melancolia de um eterno blues...
E tu não chegas...

E as horas se arrastam...
Esse suspense sopra por todos os cantos silenciosos da casa...
Amanhã já é madrugada !
Escuta minha voz agora...
O amor não está à venda...
Imperfeição é tudo que posso oferecer-te...
Encontre-me ou esqueça-me...

Don't push the river...


Antes de ir dormir, trouxe aos leitores, um lembrete do nosso amigo da Psicologia Gestalt...


"Considere as margaridas do campo"


Barry Stevens
( Não apresse o rio - ele corre sozinho)

Magritte, loucura, artes, poesia, Isa e Bel...

René Magritte, Espelho Falso, 1928


Adoro a forma como René Magritte, pintor belga, retratava os objetos, as pessoas, os momentos, tudo de um modo bastante peculiar...às vezes vivendo esse emaranhado de confusão e caos, fica difícil encontrar razões para acreditar no ser humano e na própria vida, mas ao ver a forma tão bela, diferente e exuberante com que este homem manifestava a sua arte, me traz certo alívio para a alma e o que seria do homem sem a poesia, a música e a arte, aí sim nos restaria só a loucura ou a razão?



Descrevo em linhas famintas...
O que desconheço...
Mas toda vez que as palavras são capazes de trazer um entardecer que ilumina minha noite...
Posso perder a cabeça...
Jogar com as palavras...
Tramar outras teias...
Quando não me deixo seduzir por esse pulsar, esse algo majestoso, que faz temer, não posso ser o que penso que sou e me pergunto sempre, que diabos faço aqui, acreditando por alguns instantes que talvez um dia possa eu descobrir...

Deixa clarear...


Clara Nunes, essa presença forte, a eterna guerreira...nos diz assim:

Ainda é madrugada
Deixa clarear
Deixa o sol vir dourar os cabelos da aurora
Deixa o dia lá fora
Cantar a canção dos pardais
É cedo, meu amor
Fica um pouquinho mais
Ainda é madrugada
Chega mais pra cá
E espera clarear
Deixa que o sol nos encontre no ato do amor
E chorando de inveja
Vá morrendo de dor se pôr
Só quando a lua no céu se deitar pra dormir
No seu leito de estrelas
É hora de ir, de ir
Mas quando o sol se ofuscar na luz do teu olhar
É melhor outra vez esperar clarear, clarear
Ainda é madrugada
Deixa clarear
Deixa o sol vir dourar os cabelos da aurora
Deixa o dia lá fora
Cantar a canção dos pardais
É cedo, meu amor
Fica um pouquinho mais
Ainda é madrugada
Chega mais pra cá
E espera clarear...



domingo, 2 de novembro de 2008

Opium



Profundo corte, corta a carne...
Veneno derramado...
Pão, circo e demência...
E ao fim de tudo...
A fonte...
Uma rede espalhada e os peixes...
Cerimônia, banquete...
Falsete na voz...
Sopros delirantes de uma permanente ilusão...

Vermelho Oriente
Transcende
Aqui no Ocidente
Nem santos
Nem demônios
A mente em constante sacrifício
Para o reencontro da fé...

sábado, 1 de novembro de 2008

E agora o Pinhal...


Já faz um bom tempo que o Pinhal não tem mais a gente lá...

No ano de 1995 vivemos um verão inesquecível, lá na praia do Pinhal, que não era e nem é a mais badalada, nem a mais bela das praias que existem por aí, mas as companhias, o momento, os cabelos, as músicas, a juventude em sua efervescência , ahhh...não importam paisagens paradisíacas quando se é jovem, aliás precisa-se de muito pouco, pelo menos para a nossa turma lá do Balneário Pinhal que se reunia para ouvir os guris da Rotten Chicks, passear no centrinho, sentar na frente da casa e ficar até altas horas, e tinham os romances que surgiram entre aqueles sonhadores e como sonhávamos e caminhávamos nas ruas à noite, prá lá e prá cá, e tudo foi tão intenso...nos conhecemos naquela casa, naquele verão e não nos desgrudamos o ano todo, lembro que continuamos nos reunindo aqui na minha casa ao longo de todo aquele momento especial! Sei que os personagens dessa história lembram como fomos felizes naqueles dias...Lembro de Starway to Heaven "muito bem" interpretada pelo Júnior nas madrugadas já bastante alcoolizado e do Douglas compondo e sonhando com o futuro da banda sentado com seu violão na varanda da casa... A Melisa e o Márcio não queriam saber de muitas coisas a não ser dos beijos compartilhados no mar, no centro, em casa, na rede...enfim...O Alexey e seu alto astral...Ah, tinham os Sílvios, o Robson, o Will, esses bem menores, queriam apenas contato com as vizinhas da casa ao lado, mas veja o Marcelo esteve por lá na época, um piazinho, lembro como se fosse hoje...a Juliane também apareceu, sei que havia alguns interesses, mas sua presença sempre radiante abrilhantou o nosso verão memorável...e tinha a Karina, a Evelise, o Nico, todos ainda também garotinhos, mas já animados com a nossa animação...e tinha o pessoal que estava lá na casa do Douglas...E eu me apaixonei naquele verão...sim...o clima era propício, porém depois nos tornamos bons amigos, atualmente não tenho mais notícias dele...
Nossa, o verão de 1995 deixou saudades, havia uma magia no ar, não sei se consigo dizer ou colocar em palavras o que sinto ao relembrar...Poxa vida, tinha o André também, com suas histórias da América do Norte...lembro disso!

Certa noite vi uma mensagem pichada em um muro e nunca mais a esqueci, ela dizia assim:
"Não somos vândalos, mas sim poetas da noite..."


....Às vezes eu volto para lembrar que a gente cresceu na beira do mar...


Pedagogia: uma paixão!


Quando há muito tempo atrás resolvi que gostaria de ser professora, tudo o que eu sabia, é que a pessoa que escolhe essa profissão deveria gostar de crianças, ter alguma habilidade e paciência para ensinar, porém hoje sei que há muito muito mais no ofício de mestre...Nos primeiros anos da faculdade aprendemos que a palavra Pedagogia tem origem na Grécia Antiga e significa paidós (criança) e agogé (condução) ou então aquele que conduz pela mão...de cara, por ter esse romantismo incurável dentro de mim, achei lindo! Mas qual é o sentido de tudo isso?Percebo que ainda estou desvendando mistérios relacionados à Pedagogia...Hoje, formada, já de posso de minha titulação de pedagoga, acredito que existe muito a descobrir sobre o real sentido da profissão, mas de antemão posso afirmar que esse curso ampliou os meus horizontes de uma tal forma que é impossível voltar atrás, costumo dizer que a Pedagogia me humanizou...pois é impossível ser um educador sem se questionar coisas essenciais, sem olhar para dentro e perceber o quão preconceituosos somos, o quanto ainda temos que melhorar se quisermos uma sociedade melhor e é bem isso, tudo começa com a gente, a reflexão é diária e permanente, é como ter a pele e a alma revestida por algo novo, sabemos que de agora em diante, o ser humano nos interessa profundamente, ele é a fonte de nossas esperanças, é com ele e nele que queremos confiar, acreditar, sonhar mundos diferentes...Fico pensando se todas as pessoas que fazem Pedagogia despertam dentro de si essa paixão...porque minha visão é poética, e realmente estou apassionada por essa possibilidade de conduzir pela mão com muito carinho e cuidado àqueles que de mim se aproximarem, pois é preciso respeito por cada indivíduo, é necessário entender que cada um de nós é um unvierso ou se fiz um curso que tinha tantos mestres maravilhosos que me conduziram ao encontro do meu melhor...Sou tão grata a todos, porque sei que hoje sou alguém melhor, alguém em transformação e com um intenso desejo de transformar realidades, ah, descobri que uma das tarefas da profissão é essa : a TRANSFORMAÇÃO, mas ainda quero desvendar tantas outras tarefas que competem ao pedagogo...assim caminhando sempre em direção ao coração humano!