quinta-feira, 17 de julho de 2008




Um poema para abrilhantar o dia...com a palavra o senhor Whitman :

“Um dia claro, vivo: ar seco e de brisa, cheio de oxigênio. Entre esses silenciosos milagres que me cercam – árvores, água, ervas, sol, geada – o que mais olho hoje é o céu. Tem este azul delicado, transparente, peculiar ao outono, e as nuvens brancas dão o seu movimento calmo à grande abóbada. Durante a manhã, o céu guarda um azul puro, mais vívido. Mas ao aproximar-se o meio-dia, torna-se mais leve a côr, gris, quase durante duas ou três horas, logo mais pálido por um momento, até o por do sol. Que vejo ofuscante pelos interstícios de um grupo de altas árvores: dardos de fogo e uma suntuosa exposição de amarelo, súlfur e vermelho, com o vasto resplendor prateado sobre as águas: flamejam as sombras transparentes e há vívidas tonalidades, além de todas as pinturas jamais feitas. Não sei como nem porque, mas parece-me que devido a estes céus tenho tido neste outono algumas horas de maravilhoso enlevo, não poderia dizer de perfeita felicidade ? Esse invisível bálsamo tu o derramas pelo ar, sobre mim, sutilmente, misticamente, céu azul”...



Walt Whitman

Um comentário:

Anônimo disse...

tão delicado quanto você.
Bom find
(to antecipando o meu)
um beijo